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quarta-feira, 23 de março de 2011

Medo de sonhar.


Eu estava na escola, como de costume, por trás de mim eu senti uma respiração uniforme, quente na minha nuca. Eu estava detraída, e uma mão suave agarrou minha cintura. Rapidamente, com um impulso, eu me virei, e lá estava ele, sorrindo pra mim com seu rosto mais angelical. Seus cabelos claros bagunçados e os olhos carinhosos em minha direção.
Surpresa, eu o abracei tão forte que sentia meus braços começarem a doer. Eu falava tão rápido que meu raciocínio não acompanhava minhas palavras.
Eu nunca havia o visto, e não me parecia que ele fosse de uma beleza tão extrema.
Eu não sei, mas ele só sorria. E eu ainda tagarelando sem acreditar. Ele realmente estava ali.
Isso foi tudo que eu lembrei durante um tempo. Mas tarde as partes começaram a se esclarecer. Um pouco desajeitadas, mas eu tinha certeza que se eu me esforçasse conseguiria algo mais.
E então lá estava eu, caminhando, bem no meio dos dois.
Tentei segurar na mão de um e me pareceu gelada demais, e então supliquei pelo outro e surpreendentemente estava quente.
E eu realmente comecei a pensar: “Como poderiam estar os dois juntos sem nenhuma discussão?”
Eu estava confusa demais para pensar.
Foi quando alguma me disse que essa era a hora da decisão. Eu tinha que escolher um dos dois.
O pânico tomou conta de mim, eu tremia. Seria impossível dizer de qual eu mais precisava? E como? Como tudo isso foi acontecer?
Eu estava perdida.
Foi quando eu acordei e não sabia se era eu ou meu sub-inconsciente que dizia: “Foi real demais para ser um sonho”.
No caminho da escola esse sonho estava ocupando meus pensamentos. Eu mal me concentrava nos meus passos.
Quando menos esperei já tinha chegado à casa da minha amiga. O vento soprou fazendo a minha cabeça rodar com o cheiro da tinta fresca da casa dela.
Fomos pra escola e eu senti a necessidade de contar isso á ela. Eu não ia agüentar manter esse sonho me perturbando durante o dia.
O sinal soou e por algumas horas eu pude manter minha mente ocupada com os cálculos. Mas cada intervalo que eu tinha, subitamente meus pensamentos estavam naquele sonho. E cada detalhe que eu me lembrava era como um punhal que eu cravava em meu coração.
De alguma maneira eu temia por esse sonho. Eu sentia medo.
Eu revirei meus pensamentos tentando achar um significado pra isso. Será que teria alguma lógica?
Der repente algo mudou dentro de mim e eu pude sentir um vento gelado que tocou minha espinha me fazendo tremer. Alguma coisa soprou, o que seria talvez uma explicação, nos meus ouvidos. E eu suspeitei disso. Eu tinha certeza que havia suspeitado.
Eu tinha que escolher um dos dois.
Um extremamente frio. Seria meu Edward Cullen? E outro com uma temperatura quente acima do normal e esse só poderia, segundo essa teoria, Jacob Black.
Porque eu sonhei isso? Porque alguém me dizia que eu tinha que escolher entre um dos dois? Eu não entendia.
Era como se eu tivesse que escolher entre entre o dia e a noite quando tudo não passava de um eclipse.
A minha cabeça começou á dar sinais de dor que já se tornavam desagradáveis.
E então eu fui deitar, torcendo pra não sonhar outra vez, ou pelo menos, não lembrar quando eu acordasse!

Dois futuros, duas almas gêmeas... demais pra uma pessoa só.

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